…MORRER A UM VERSO SÓ…


Achei essas palavras e imagens belíssimas
numa viagem pra lá de além mar…



Abri o meu
velho baú

Onde guardei
paixões e dores

Sonhos e
pesadelos

Tive a noção
do que fui

Do ontem que
senti.

 Tive amores
de papel

Irreais e
sem perfumes

E salpiquei
de lágrimas

A terra onde
nasci.

 Vivi montes
e vales

Enxergas e
equações

Despi-me de
pensamentos

E de todos
os vestígios

Tropecei o
vagabundo

E dormi
todos os homens

Que me
despiram a alma.

 Corri ruas e
noites escuras

À procura do
meu mundo

Mas
encontrei corpos de cera

Onde
escreveram minhas dores

Com risos de
palhaços.

 Na nudez do
desencanto

Em andamento
moroso

Enlouqueci
de gritos sem voz

O abismo das
saudades.

 Arquei a
minha alma

Amarga com
lágrimas de fel

E chorei
este sentir

Sentindo só
em mim.

Num gesto de
desalento

Retirei
minha mortalha

Mutilada de
desejos

E escrevi
estas palavras

Para morrer
a um verso só!


Eduarda


Pra ver mais:


http://sol.sapo.pt/blogs/Meduarda/


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